O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não quer se comprometer a indicar uma mulher ou pessoa negra para ocupar o recém-vago cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada a jornalistas durante um café da manhã no Planalto na última quinta-feira (06/04). Ainda segundo o dirigente, não há pressa para preencher a vacância.
A movimentação acontece depois da aposentadoria concedida ao ministro Ricardo Lewandowski. Segundo Lula, ao afirmar as características da pessoa que vai indicar, ele estaria “criando um compromisso que eu não quero criar agora”. “Se vai ser negro, se vai ser negra, se vai ser mulher, se vai ser homem, sabe, é um critério que eu vou levar muito em conta na escolha”, disse.
A única garantia é que o nomeado será alguém “altamente gabaritado do ponto de vista jurídico”. “A pessoa tem que ter uma compreensão dos problemas sociais desse país. A pessoa tem que conhecer a realidade desse país. Tem que ter um mínimo de sensibilidade social para ter uma postura dessa, porque é muita responsabilidade”, completou o petista.
Atualmente, há uma grande pressão – especialmente por parte de colegas de partido e movimentos de esquerda – para que o chefe do Executivo cumpra com suas promessas de campanha, quando assegurou que incluiria pessoas negras e pessoas do sexo feminino em seu governo, além de outras minorias.
*Estagiária sob supervisão de Sara Rodrigues