*Por Ricardo Barbosa
Desde Alfred Marshall, o termo “Ceteris Paribus” é frequentemente utilizado no âmbito econômico acadêmico para realizar análises ou entregar situações em forma de contexto para outros fins, como uma reanalise. O termo vem do latim e significa “todas as outras coisas permanecendo iguais” ou “todas as demais condições sendo mantidas constantes”.
No entanto, é observável que a economia reage a todas as variáveis existentes, desde a moral – para tomadas de decisões – até o efeito da maior decisão governamental existente. Supondo que um vendedor de sorvetes venda 50 sorvetes pelo preço unitário de R$5,00, em uma receita total de R$250,00 diária, tem uma média de R$7.500,00 por mês (em mês comercial). Pode-se definir, em Ceteris Paribus, que o sorveteiro irá vender +R$82.500,00 em 11 meses de venda. Contudo, ao aplicar o Ceteris Paribus, a análise está ignorando variáveis como o clima, inflação, deflação, entre outras… Ao ir mais a fundo, como efetivar uma análise de lucro, irá ignorar variáveis como impostos, rateio de passivos, e muitas outras variáveis que já existem ou podem vir a existir ocasionadas por outras variáveis.
É nítido que o objetivo do “Ceteris Paribus” é facilitar o entendimento de eventos econômicos, porém não é levado em conta que tal aplicação pode trazer efeitos colaterais como má interpretação, confusão e más resultados econômicos. Conclui-se que – enquanto Economia, inclusive em Praxeologia de Ludwig von Mises, deve ser levado em consideração todas as variáveis possíveis, i.e., não cabe um Ceteris Paribus. “Uma variável varia” – Eu.
*Ricardo Barbosa é membro da UJL do Paraná