A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da manipulação resultados em jogos de futebol, tomou depoimento do ex-jogador Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, nesta terça-feira (20).
Na CPI, Marcos Vinicius disse que recebeu propostas para manipular resultados, mas negou ter recebido valores. “Não recebi, nada. No caso, o que aconteceu comigo foi só eu ter passado o número do Gabriel Domingos para eles [aliciadores]”, comentou.
O ex-jogador disse ainda que mesmo após recusar participação no esquema, os aliciadores passaram a fazer ameaças cobrando R$ 500 mil por prejuízos em apostas envolvendo os companheiros de equipe.
O deputado Yury do Paredão (PL/CE), relator do requerimento, quer que os sites retirem formas de apostas em quantidade de cartões, escanteios e tiro de metas para tentar coibir as manipulações nos jogos.
O deputado afirmou não ter nada contra os sites de apostas e vai convocar os representantes das empresas para a CPI. “Nossa missão aqui nesta CPI, além de investigar, é criar uma regulamentação para proteger o nosso futebol brasileiro. O futebol brasileiro está precisando ser protegido”, comentou.
Banido do futebol
Com passagem pelo Vila Nova (GO), Marcos Vinicius foi banido do futebol por determinação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O jogador é visto com “pivô” do esquema pelo Ministério Público de Goiás.
De acordo com o MP, ele teria recebido dinheiro dos apostadores para cometer um pênalti contra o Sport, pela última rodada da Série B. Marcos não foi relacionado para o jogo.
