O resultado das eleições presidenciais na Espanha marcou o domingo (23), que surpreendentemente preocupou a direita. O conservador Partido Popular (PP), liderado por Alberto Núñez Feijóo, venceu as eleições com 136 cadeiras na câmara baixa do Parlamento da Espanha. Ainda assim não foi o que precisavam, que são 176 cadeiras para formar um governo de coalizão.
O Partido Socialista (PSOE), do atual presidente do governo, Pedro Sánchez, obteve 122 cadeiras, seguido pelo partido Vox, com 31 cadeiras. O resultado trouxe clima de incerteza e agora faz com que Feijóo busque novas alianças para chegar ao governo.
Futuro incerto
A expectativa agora é que o rei Filipe 6º converse com os partidos e apresente um nome ao Congresso para votação no Parlamento no início de setembro. Caso não tenham maioria absoluta no primeiro ciclo, o país realizará uma nova votação 48 horas depois, onde podem alcançar a vitória por maioria simples. Os 350 parlamentares terão a opção de votar “sim”, “não” ou se abster.
Dessa forma, o cientista político André Cesar, o quadro é bastante complicado e demostra o desgaste do parlamentarismo: “A direita esperava a vitória e não foi o que aconteceu, o resultado mudou radicalmente. Eu vejo que se o PSOE levar os catalães, ele pode se manter. Agora essa eleição demonstra muito a questão do parlamentarismo, as limitações e o tempo perdido, e bem no meio de uma guerra entre Rússia e Ucrânia, que também deixa a situação mais delicada”, ressalta o especialista, relatando a incerteza quanto ao futuro da Espanha.