O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a distribuição de R$ 12,7 bilhões do lucro do fundo referente ao ano de 2022. A divisão será proporcional entre os beneficiários. Quanto maior o saldo da conta do FGTS, maior o valor que o trabalhador terá acesso.
A base de cálculo dos recebimentos corresponde ao saldo de cada conta em 31 de dezembro de 2022. Para calcular a parcela do lucro, o trabalhador deve multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02461511. A situação é bem diferente da do último ano. Em 2022, o FGTS tinha rendido 5,83%, contra inflação oficial de 10,06% em 2021. Mesmo acima da inflação, o FGTS rendeu menos que a caderneta de poupança.
“A liberação é uma luta antiga. O trabalhador não tem autonomia sobre esse FGTS, salvo em questões previstas em lei. Na prática o dinheiro é utilizado mais pelo governo do que pelo trabalhador, em financiamento de obras e ações sociais”, explicou Heder Bragança, M&A e valuation e CEO da Equty S/A e Finance Capital.
Nesse sentido, ele entende que “a questão que fica é quando esse trabalhador vai poder utilizar esse dinheiro, com tantas famílias endividadas, com tantos trabalhadores negativados, esse deveria ser um ponto importante de discussão. Na prática a rentabilidade aumenta o saldo do FGTS, mas não trás economia real, não gira a economia real ao trabalhador’’, avalia Bragança.
Saldo e depósito
Para verificar o saldo do Fundo de Garantia, o trabalhador deve consultar do extrato do fundo, no aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal, disponível para Android e IOS. O depósito acontecerá até 31 de agosto. Quem tiver mais de uma conta receberá o crédito em todas elas, de acordo com o saldo de cada conta.