O PT enfrenta uma disputa interna entre seus líderes em busca do melhor nome para compor a chapa de reeleição para a prefeitura do Rio de Janeiro em 2024. O deputado federal Washington Quaquá, vice-presidente nacional do partido, lançou seu próprio filho, Diego Zeidan, como candidato. A jogada foi em oposição a um movimento de correligionários que deseja indicar o atual secretário de Assuntos Federativos do governo Lula, o ex-deputado André Ceciliano.
Membros do próprio PT acreditam que o prefeito está mais inclinado a indicar um aliado próximo como seu vice, visando garantir uma estratégia de renunciar ao cargo dois anos após sua reeleição. “Com a possível candidatura de Paes a governador em 2026, é loucura que o Prefeito dispute a reeleição com o PT na vice. Seria dar a chance de o petismo acabar assumindo a Prefeitura do Rio. Isso afastaria muitos eleitores dele e deixaria a eleição polarizada, um prato cheio pra oposição. Por isso, não acredito que vá acontecer. Ele vai dar secretarias, mas evitar a vice-prefeitura’’, avalia o vereador carioca Pedro Duarte (NOVO).
Paes já decidiu?
No entanto, o PT pressiona Paes sob o argumento de que a presença petista na chapa pode ser necessária para aglutinar o eleitorado de Lula já no primeiro turno. Isso dependendo dos níveis de aprovação do atual prefeito e da movimentação da família Bolsonaro na eleição carioca. Mas nos bastidores o que se comenta e que Eduardo Paes já tem sua opinião formada.
“O PT quer muito a vice, é a chance de assumirem uma Prefeitura que não ganhariam pelas urnas. Tentam usar a força do governo federal pra isso, mas o núcleo duro do Paes quer manter a vice com eles. Sabem que o PT é hegemônico, deixar com eles seria ser refém deles, perder o controle’’, destaca Duarte.