A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, CPMI, que investiga os atos ao Congresso Nacional, em 8 de janeiro retoma os trabalhos, após recesso. Nesta terça-feira (01), a comissão ouvirá o depoimento de Saulo Moura da Cunha, que na época era diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Cinco requerimentos pediram a convocação de Saulo da Cunha, que deixou o cargo no início de março. Um deles é o do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Segundo o requerimento (REQ 944/2023), o depoimento de Cunha é importante, pois a Abin “produziu diversos alertas sobre riscos de um ataque a prédios públicos de Brasília, inclusive na véspera das invasões e depredação de patrimônio público no domingo”.
Enquanto O deputado Nikolas Ferreira (PL/MG), autor de outro dos requerimentos (REQ 974/2023), argumenta que a presença de Cunha na CPMI colabora com a “transparência nas apurações”. Os deputados Delegado Ramagem (PL/RJ) e Pr. Marco Feliciano (PL/SP), bem como o senador Magno Malta (PL/ES), apresentaram requerimentos.
Composta por 16 senadores e 16 deputados, a CPMI já buscou ouvir, inclusive, o tenente-coronel e ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro César Barbosa Cid. Ele se manteve em silêncio durante toda a sessão. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a relatora da comissão, que tem o deputado Arthur Maia (União/BA) como presidente.