A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga fraudes nas Americanas, ouviu a sócia de auditoria da KPMG no Brasil, Carla Bellangero. Nesta terça-feira (01), Bellangero destacou que a empresa rescindiu contrato seis dias depois de a auditoria enviar uma carta que apontou “deficiências”.
Bellangero disse que participou de 50 reuniões com o conselho fiscal e que em agosto de 2019 enviou uma carta de controle extraordinária, com o objetivo de apontar problemas encontrados na auditoria, onde relatava “deficiências e necessidades de melhorias de controles internos”. “Seis dias depois, a administração rescindiu o contrato alegando motivos comerciais”, relembrou.
O líder de auditoria da PwC, Fábio Cajazeira Mendes, também prestou depoimento. Ele afirmou que o esquema de fraude era sofisticado e feito para impedir a identificação de irregularidades, “fraudes de difícil detecção”.
O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, não compareceu, e apresentou atestado. Ele disse estar doente na Espanha, e sugeriu uma nova data para depoimento, ele será ouvido apenas após o dia 25 de agosto. Já o ex-diretor , Fábio Abrate, compareceu à CPI mas permaneceu em silêncio pois possui um habeas corpus, na condição de investigado e não poderá responder a perguntas que o incriminam.