A Comissão Especial da Transição Energética e Produção do Hidrogênio Verde no Brasil busca construir um relatório e contemplar o meio ambiente, a sustentabilidade e a economia verde. O presidente da comissão, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), estuda o tema em conjunto com especialistas, ambientalistas, Executivo e sociedade civil. Em entrevista ao Boletim da Liberdade, o deputado Arnaldo chamou atenção para a importância do tema:
A transição energética é um imperativo, uma determinação do Brasil. O Brasil subscreveu todas as metas da COP 2025, isso foi reiterado recentemente e o Brasil que muitas vezes é apresentado como algoz da questão ambiental pode muito bem ser vanguarda da nova da economia de baixo carbono.
Segundo ele, essa mudança passa por fortalecer a presença de energias renováveis na matriz energética do país.
Nós já temos uma matriz energética com um percentual de renováveis sem paralelo no mundo desenvolvido, mas nós podemos manter e ampliar isso com destaque a energia que vem da eólica, a energia solar e a energia com origem na biomáxima.
Para o deputado, o Brasil está abrindo uma nova vertente com ampliação do uso do biogás e do biometano. Além “das metas de descarbonização de todas as suas estruturas mais definitivas. Quer seja na estrutura de transportes, quer seja naquilo que é a sua matriz de mobilidade ou ainda na sua atividade econômica. Ou seja, na descarbonização da indústria e do setor agro também, que tem boas práticas ambientais, como o projeto ABC – Agricultura de Baixo Carbono, integração lavoura, pecuária, floresta, mas que pode ainda fazer mais”, explicou.
O deputado afirmou que a Comissão Especial tem também outro foco, que é estabelecer um marco regulatório para produção de hidrogênio:
O hidrogênio, que é uma nova vertente na energia, pode ser base para uma neo industrialização, o hidrogênio que pode ser utilizado na mobilidade sustentável e o hidrogênio que para ser produzido, pode ser feito a partir, por exemplo, da reforma do etanol ou da utilização da biomassa. E a energia que ele consumirá pode ser de marca renovável. Isso tudo caracteriza um hidrogênio que não só se produz, que é muito importante, mas o hidrogênio com baixa intensidade de carbono, algo que o Brasil pode ser vanguarda mundial.
O parlamentar finalizou explicando que a Comissão estuda experiências, debate rotas tecnológicas e que busca definir o marco regulatório para o setor experimental. A CE contou com apresentações da representante Loana Von Garvernitzc, da Câmara de Comércio e Indústria, que comentou sobre a questão Brasil e Alemanha (AHK Rio de Janeiro). Além disso, ouviu o presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), Paulo Emílio Valadão. Bem como o chefe de negócios de energia da Siemens Energy.