A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ouviu nesta quarta-feira (23) o ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo Melo Filho. O diretor-executivo da empresa de papel Suzano, Luís Bueno, também depôs na CPI.
“O MST invadiu, no dia 27 de fevereiro de 2023, três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa de papel e celulose Suzano, localizadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no extremo sul da Bahia”, disse Kataguiri. O parlamentar foi um dos que solicitou os depoimentos.
O MST alegou que as invasões se deram em áreas improdutivas, mas o deputado afirma que “todas as fazendas são produtivas e fornecem matéria-prima para o desenvolvimento das atividades da empresa”.
A audiência teve com tema esclarecer sobre fatos relacionados à investigação da CPI. O primeiro a depor foi Geraldo Melo Filho.
Ministro da Agricultura depôs
O último depoimento da comissão foi do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O relator da CPI, Ricardo Salles (PL/SP) confrontou o ministro sobre sua posição em relação à invasão de terras. Entretanto, mesmo dizendo ser contra, Fávaro defendeu o direito à manifestação quando feita dentro da lei e da ordem.
A CPI do MST deve apresentar o relatório final na próxima semana.