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Shein compra parte da Forever 21

A Forever 21 estava em crise financeira e recuperação judicial em 2019

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As redes de fast fashion Shein e Forever 21 fecharam uma parceria para unir suas operações. Esse é um acontecimento inesperado entre uma renomada ecommerce e uma varejista tradicional. A união deve causar reflexão e trazer implicações para o modelo de negócios dos grandes players do vestuário.

Pelo acordo, a chinesa Shein vai comprar cerca de um terço do SPARC Group. A empresa de gerenciamento de marcas opera a Forever 21 e outras seis marcas. São elas: Aéropostale, Nautica, Brooks Brothers, bem como Lucky Brand, Eddie Bauer e Reebok.

Por sua vez, o SPARC também terá uma participação minoritária na Shein, que foi avaliada em US$ 66 bilhões numa rodada em maio. Entretanto as partes não detalharam os termos financeiros ou societários. O acordo abre novos caminhos para as duas empresas, que caíram no gosto do público jovem por vender roupas e acessórios a preços baixos.

A Forever 21 poderá oferecer sua moda feminina na plataforma da Shein, acessando seus mais de 150 milhões de clientes. Já a Shein poderá sair do mundo digital e operar dentro das lojas Forever 21 num modelo ‘store-in-store’ – aumentando sua presença nos shoppings dos EUA.

A Shein também pretende testar novos formatos. Entre eles o de permitir que seus clientes devolvam mercadorias na Forever 21, que tem 560 lojas no mundo – 414 nos EUA. O vice-presidente executivo da Shein, Donald Tang, disse ao Wall Street Journal que o crescimento da Shein dependerá de sua capacidade de colocar mais marcas de terceiros em sua plataforma.

Moda e Política

Segundo Heder Bragança, especialista contábil, M&A e valuation e CEO da Equity S/A e Finance Capital, o processo de fusão e aquisição nem sempre é para adquirir uma empresa por completo ou nem sempre é para alocar capital para rendimento de risco: “O caso da Shein e Forever 21 transparece muito mais um ganho de sinergia, canal de venda e distribuição, além de uma estratégia polícias por parte da Shein, que já vem se distanciando da China por questões políticas”.

O mercado americano tem aproximadamente 20% de sua receita, com uma fusão mostra estratégia de crescimento através de uma marca conhecida, pois abre um ponto de venda fisico e a Forever 21 abre um canal de venda digital.

A Forever 21 estava em crise financeira e recuperação judicial em 2019, então o movimento contribui para ambas as marcas em suas estratégias de crescimento em novos mercados e, consequentemente, valorização das suas ações para um futuro IPO, explica o especialista.

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