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Mendonça e Moraes discutem durante julgamento no STF

André Mendonça chegou a dizer que "o Brasil quer ver esses vídeos do Ministério da Justiça", se referindo aos vídeos apagados
Supremo Tribunal Federal (STF) julga AP 1060, ação do Ministério Público Federal (MPF) contra Aécio Lúcio Costa Pereira, réu do 8 de Janeiro
Foto: Reprodução/TV Justiça

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Os ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), protagonizaram um bate-boca acalorado durante o julgamento do primeiro réu dos atos de 8 de janeiro.

A discussão teve início após Mendonça falar que não conseguia entender como o Palácio do Planalto teria sido invadido. Mendonça questionava onde estava o efetivo da Força Nacional e da guarda do prédio.

“Eu não consigo entender e carece de resposta como o Palácio do Planalto foi invadido da forma como foi invadido. Vossa Excelência, ministro Gilmar, sabe o rigor de vigilância e cuidado que deve haver lá”, disse André Mendonça, ministro do STF.

Alexandre de Moraes então pediu a palavra e disse que a fala do colega era “absurda” e insinuava que o governo teria participado de uma conspiração contra si mesmo.

Moraes lembrou que ex-comandantes da Polícia Militar foram presos, assim como Anderson Torres, que sucedeu Mendonça no Ministério da Justiça.

“Vossa Excelência falar que a culpa é do ministro da Justiça é um absurdo quando cinco comandantes estão presos. Quando o ex-ministro da Justiça fugiu para os Estados Unidos e jogou o celular dele no lixo e foi preso, e agora Vossa Excelência vem ao plenário do Supremo Tribunal Federal, que foi destruído, [falar] que houve uma conspiração do governo contra o próprio governo”, rebateu Alexandre de Moraes, ministro do STF.

Não sou advogado de ninguém. Nem de A nem de B. Irritado, Mendonça tenta interromper o colega, para dizer que não estava defendendo nenhum dos presos.

“Não coloque palavras na minha boca. Tenha dó, Vossa Excelência”, finaliza André Mendonça, ao final da fala de Moraes.

Durante a discussão dos Ministros, André Mendonça disse “o Brasil quer ver esses vídeos do Ministério da Justiça”.

Os vídeos em questão são as imagens de câmeras de segurança internas do Ministério da Justiça e Segurança Pública que foram apagadas.

Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, o contrato de prestação de serviço com a empresa responsável pela segurança da pasta que monitora as imagens, não prevê o armazenamento das filmagens por um longo período.

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