A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) adiou a votação do relatório para a próxima terça (26). O relator Ricardo Salles (PL/SP) fez a leitura da prévia do relatório nesta quinta-feira (21). O relatório pede o indiciamento do ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI), Gonçalves Dias e de José Rainha. Rainha é o líder da Frente Nacional de Luta (FNL).
Além disso, a CPI pede também o indiciamento do diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iterra-AL), Jaime Messias Silva. Salles vai encaminhar o relatório da CPI do MST para João Pedro Stedile. Dessa forma, ele poderá tomar providências em relação aos integrantes do movimento.
Na conclusão do relatório diz que “seus métodos, terminologias e estratégias muito se parecem com os do crime organizado”. O relatório diz ainda que as “diferentes facções, espalhadas por todo o território nacional, constituem uma verdadeira sopa de letrinhas, que tem no MST a sua face mais conhecida, mas que adotam outras nomenclaturas consoante as disputas políticas e financeiras que permeiam esses grupos”.
Durante a leitura do relatório, o relator Ricardo Salles (PL/SP) diz que “entre os diversos aspectos comuns entre essas diversas facções, o mais claro e evidente, é a disparidade de qualidade de vida e prosperidade existente entre a elite dos líderes e militantes, e a miséria dos seus liderados”.