O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza (Partido Socialista), comunicou que vai dissolver o Parlamento e convocar novas eleições para 10 de março de 2024. Isso aconteceu após a renúncia do primeiro-ministro António Costa, amigo de Lula, acusado de corrupção pelo Ministério Público (MP).
Após se reunir com os Conselheiros de Estado, o presidente português comunicou ao país, por volta das 20h (horário local), sua decisão para contornar a crise política. Ele disse, em pronunciamento, que não havia motivo para mudar apenas o chefe de governo. O primeiro-ministro, que esteve com o presidente brasileiro em abril deste ano, foi alvo de uma investigação do MP de Portugal. A acusação é de favorecer empresas na construção de um data-center no Porto de Sines.
Nesse sentido, o Partido Socialista (PS) tenta reverter os reflexos da crise dando menos tempo para a oposição se preparar. Afinal, as eleições estavam previstas para novembro de 2024.
Direita cresce em Portugal
Pesquisa recente apontou que o partido de direita Chega, controlado por André Ventura, foi o único que ganhou eleitorado, com 14,6% da preferência. O partido é a terceira força política de Portugal. O Partido Socialista, que garantiu 41,4% nas últimas eleições, caiu para 28,6%; já o Partido Social Democrata (PSD) saiu de 29,1% para 24,9%, de acordo com dados divulgados pelo site Diário de Notícias, em parceria com o Instituto Aximage.
Além disso, o Nova Direita, partido recém-criado por Ossanda Líber, é mais um que entra no páreo para as próximas eleições. A legenda chega com pautas de combate à agenda “woke”, contra o aborto e eutanásia; e em defesa do reflorestamento de Portugal, 24 meses de licença maternidade e pela racionalização da imigração, para evitar atentados terroristas no país. Por outro lado, Ossanda é favorável à imigração e facilitação de vistos de membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ossanda Liber, de origem angolana, é a primeira mulher negra a liderar um partido de direita em Portugal.