Por Lucas Pipkin, associado do IEE
“O primeiro objetivo de qualquer político é se eleger, o segundo é se reeleger, o terceiro… o terceiro eu não tenho a menor ideia qual seja.” Thomas Sowell
Políticos que seguem uma agenda pessoal e que não têm seus interesses alinhados costumam adotar medidas populistas voltadas para o curto prazo, que acabam comprometendo o futuro do país. Como seu foco é a obtenção de votos, deixam de tomar a decisão correta, muitas vezes impopular, pois os resultados podem levar muito tempo para se manifestar. Um exemplo é a reforma da Previdência, aprovada em 2019, que introduziu alterações significativas na idade mínima, tempo de contribuição e cálculo do benefício, mas cujos impactos demandam um período considerável para se tornarem evidentes e apreciados pelos eleitores.
O Estado e seus representantes deveriam se concentrar em garantir os direitos individuais, fornecer serviços de qualidade na segurança, saúde e educação. Quem realmente gera desenvolvimento econômico via empregos e impostos é a iniciativa privada, por meio da livre-iniciativa e livre concorrência. O Index of Economic Freedom aponta que países em posições mais elevadas (mais livres) têm um IDH maior; já países em posições inferiores (mais autoritários) apresentam um mais baixo índice de desenvolvimento humano. Ao deixar o Estado alocar recursos escassos de forma ineficiente, estamos somente atrasando nosso desenvolvimento econômico.
Os legisladores acreditam que o povo é inteligente o suficiente para elegê-los, mas não para tomarem suas próprias decisões, necessitando de um Estado paternalista que forneça subsídios, incentivos e redistribuição de renda para que a sociedade avance. Diferentemente das liberdades individuais, que têm limites claros, a intervenção estatal pode não ter fim. Até onde a filantropia e a fraternidade do Estado podem chegar? Os governantes são de fato homens superiores que detêm todas as respostas que levam à prosperidade? A solução seria aumentar cada vez mais o tamanho do Estado ou reduzi-lo? Acredito que a resposta é clara: enquanto os indivíduos continuarem acreditando que o Estado e os políticos são a solução para seus problemas, a dependência contínua e a perpetuação desse círculo vicioso não devem parar.
“Todos querem viver às custas do Estado e se esquecem de que o Estado vive às custas de todos.” Frederic Bastiat