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5 mitos sobre o conflito Israel x Hamas

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Por Vitor Amaral*

Recentemente vimos a repercussão das falas do presidente Lula em sua passagem pelo continente africano, falas essas que foram consideradas “equivocadas” por muitos, mas que na verdade são um completo absurdo.

Lula acusou o governo de Israel (que é um país judeu) de estar cometendo as mesmas atrocidades que Hitler causou com o Holocausto (o genocídio que tirou a vida de 6 milhões de judeus). Uma acusação gravíssima e sem embasamento algum. 

A fala repercutiu tão mal que o ministro de Relações Exteriores do país judeu, Israel Katz, declarou o atual presidente brasileiro como “persona non grata” (alguém que não é bem vindo no país) no dia 19 de fevereiro.

Aqui no Brasil há inúmeras pessoas, que assim como Lula, adotam discursos declarando o governo de Israel como “nazista” e muitas vezes trazendo discurso de cunho antissemita também. Contudo, se trata de uma retórica militante da esquerda e que precisa ser rebatida com urgência para que mais pessoas não caiam em falácias.

Desta forma, inspirado no vídeo do cientista político e mestre em Paz Internacional e Resolução de Conflitos,  professor Heni Ozi Cukier, trago aqui a desmistificação de 5 argumentos contra Israel.

1 – Gaza é uma prisão a céu aberto?

São inúmeros os tweets falando sobre Israel estar aprisionando os palestinos em Gaza. Mas a verdade é que em tempos de normalidade, Israel abre a fronteira permitindo que milhares de palestinos transitem para trabalhar. Em períodos de guerra é natural que países fechem fronteira com seus inimigos. Se hoje as fronteiras estão fechadas, a culpa é da organização terrorista Hamas com seus ataques, afinal, porque o Egito que outrora foi dominante da Faixa de Gaza e até aliada na “Guerra dos 6 dias” e hoje não tem conflito com ninguém, tem fronteira fechada com o território palestino?

2 – Os ataques do Hamas são uma resposta à opressão de Israel?

Outro mito e a resposta colabora com a anterior, é que o Hamas está reagindo a opressão que Israel impõe sobre o território palestino. Contudo, o Hamas é uma organização fundada em 1987 e tem como pilar a destruição de Israel e essa ideia se intensificou quando o grupo assumiu Gaza em 2006. Israel já tentou fazer 5 acordos de paz com os palestinos e todos foram rejeitados pelo Hamas. Logo, os conflitos não são uma resposta, são na verdade processos do seu único objetivo, a destruição do país judeu.

3 – O Hamas representa todos os palestinos?

Não é verdade. Uma pesquisa de 2022 aponta que 53% dos palestinos que vivem em Gaza não concordam com a política do Hamas e pedem pelo fim dos conflitos com Israel. A Palestina não está dividida apenas territorialmente, mas politicamente também, sendo um território na Cisjordânia governado pelo grupo Fatah (que são contrários ao Hamas e reconhece Israel) e a Faixa de Gaza controlado pelo grupo terrorista. A autoridade palestina da Cisjordânia, Mahmoud Abbas afirmou recentemente que “Ações do Hamas não representam os palestinos”.

4 – O Hamas é um grupo de resistência?

O Hamas se define como um movimento de resistência palestino, seu nome significa isso, porém, como vimos antes, eles não representam a maioria dos palestinos. O Hamas é uma organização político-militar voltada exclusivamente para a destruição de Israel e qualquer um que se opõe ao grupo. De origem sunita, são extremamente religiosos e antissemitas, deixando isso claro no 7° artigo do seus princípios:

“a Hora Final não virá a menos que os Muçulmanos lutem contra os Judeus, e os Muçulmanos os matem até que os Judeus se escondam atrás de uma pedra ou uma árvore e uma pedra ou uma árvore dirá: Muçulmano, ou servo de Alá, há um judeu atrás de mim; venha e mate-o; mas a árvore Gharqad não o dirá, pois é a árvore dos Judeus.”

O que os define como terroristas são suas ações organizadas de violência contra o povo judeu e a violencia e opressão politica sobre seu próprio povo. 

5 – Defender o Hamas é defender os palestinos?

Não podemos confundir dizendo que todos os palestinos pertencem ao Hamas, porque não é verdade. Como vimos antes, o Hamas é uma organização terrorista e não representa todos os palestinos, ou seja, é algo a parte do real ideal palestino que deseja ter seu estado reconhecido. Israel também não é mocinho, mas suas medidas de fecharem fronteira com Gaza é única e exclusivamente decorrente das ações do grupo terrorista. O Hamas fechou Gaza para o mundo e trancou 2 milhões de pessoas lá. Você não precisa justificar um grupo terrorista para defender o povo palestino.

Podemos sim tecer críticas às medidas tomadas pelo governo de Israel, mas não podemos ser desonestos, comparar com o Holocausto é um desrespeito com seu povo e com a história. Também não é cabível defender um grupo terrorista que usa seu próprio povo como escudo, alegando ser uma consequência, quando na verdade é a estratégia. Parafraseando Ayn Rand “sentir pena dos culpados é trair os inocentes”.

*Vitor Amaral é estudante de História Licenciatura na Ulbra/Canoas e membro do Instituto Atlantos (instituto parceiro do IFL Brasil através da Rede Liberdade)

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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