Por Lucas Bernardi*
Reconstrução. Essa é uma das palavras mais proferidas pelo nosso povo gaúcho após toda a destruição causada pelas enchentes. Estamos reconstruindo os acessos às cidades, nossa infraestrutura, nossas empresas, negócios, comércios, e renovando nossa resiliência e esperança por dias melhores.
Em todo esse cenário caótico, confirmamos o que há muito já é sabido, mas ainda é negado por alguns, que a diferença de fato é causada pela iniciativa privada e pelo capitalismo. A grande maioria das lanchas, motos aquáticas, carretas para o transporte de alimentos, doações e recursos que foram postos à disposição da população afetada, as quais tiveram papel inestimável no salvamento direto e indireto de vidas, tiveram origem em pessoas e empresas que possuem capital e recursos e os disponibilizaram para ajudar o próximo.
A velocidade de resposta, a capacidade de articulação, a organização e a gestão de recursos (necessária no dia a dia de qualquer empresa para entregar um produto/serviço competitivo) são infinitamente maiores na iniciativa privada, pois esta tem como objetivo final um resultado bem definido, e também fácil manobrabilidade, devido a sua forma desburocratizada, ao passo que a máquina estatal, mesmo quando bem dirigida e com boa vontade dos governantes, esbarra em uma estrutura extremamente ociosa, pesada e calamitosa, muitas vezes obsoleta, que contém inúmeras burocracias, entraves, e que por vezes se desvia para fins políticos e obscuros, ajudando muito menos do que deveria e custando muito mais do que poderia.
Gostaríamos de esquecer o que aconteceu em nosso estado, seguir com nossas vidas, reconstruir nossas estruturas e esperar por dias melhores, mas nunca devemos esquecer o que se provou na tragédia: o capital e a iniciativa privada salvaram (e muito) nossa gente. O capital, o empresariado e a iniciativa privada organizada fizeram a diferença e farão ainda mais na reconstrução de nosso estado, com velocidade de execução, competência, realizando entregas com um custo competitivo e com uma qualidade muito superior ao que a máquina estatal possa nos fornecer. A água baixou, e sempre lembraremos do que o capitalismo fez e ainda fará pelo nosso estado e por nossas vidas.
*Lucas Bernardi é associado do IEE