fbpx

O silêncio dos inocentes

Lula - silêncio dos inocentes

Compartilhe

Por Fabrício Camozzato*

O ano de 2022 foi marcado pela disputa presidencial entre Lula e Jair Bolsonaro. Alguns temas foram especialmente eleitos pelos antagonistas para atacar Bolsonaro. Dentre eles, as queimadas na Amazônia. Artistas nacionais gravaram vídeos em denúncia; artistas internacionais se uniram em apoio; a mídia nacional e internacional repercutiu como os incêndios na Amazônia eram culpa exclusiva de Jair Bolsonaro, e como o Brasil sob seu governo se tornava inimigo do meio ambiente. Lula, então, é eleito, e no primeiro semestre de 2024 a Amazônia sofre o maior número de focos de incêndio nos últimos vinte anos. A mídia noticia, ressaltando que são as mudanças climáticas e as secas os principais culpados para o problema. Silêncio na mídia e no eleitorado quanto à eventual responsabilidade do presidente da República.

Voltando a 2022, também foco de ataque a Bolsonaro foi o orçamento secreto. Em campanha, Lula disse que ele seria a “fonte do maior esquema de corrupção da história do país”. A mídia comprou o discurso, e Lula prometeu em rede nacional acabar com o esquema. Não precisou: o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucionais as chamadas “emendas do relator” em dezembro de 2022, antes de Lula assumir a presidência. O Congresso, contudo, rapidamente as substituiu pelas chamadas “emendas de comissão” e “emendas Pix”, espécies de orçamento secreto turbinados: no primeiro caso, os nomes dos autores das emendas são omitidos; no segundo, os recursos são enviados diretamente para as prefeituras, sem vinculação a um projeto ou obra específico. Orçamentos, portanto, que seguem sem a mínima transparência. Lula não apenas não acabou com o problema, como também se utiliza dele para comprar governabilidade. Na mídia e no eleitorado: silêncio.

Não fosse o suficiente, Lula, que na campanha presidencial de 2022 afirmou com todas as palavras não ser prudente ou democrático o presidente da República ter os ministros da Suprema Corte como amigos, indica ao STF seu íntimo e de longa data companheiro Flavio Dino, e depois o seu advogado pessoal Cristiano Zanin. Na mídia e no eleitorado: silêncio.

Talvez os inocentes não sejam tão inocentes assim – e o silêncio, vazio em palavras, carregue profundo significado.

*Fabrício Camozzato é associado ao IEE

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?