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“Oficina do Diabo”: um filme nacional sobre fé, tentações e redenção

Primeiro filme de ficção da Brasil Paralelo chega à plataforma nesta quinta (16)
Oficina do Diabo
Foto: Divulgação/Brasil Paralelo

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Indo na contramão da indústria cinematográfica contemporânea, “Oficina do Diabo” usa a fé cristã para entrar nas mentes e corações do público. O novo filme da Brasil Paralelo é uma ficção, o primeiro produzido neste gênero pela produtora e que chega à plataforma nesta quinta-feira (16). 

É certo que a grande maioria dos brasileiros não procura por filmes nacionais quando deseja se entreter. De fato, o mercado oferece muitos filmes ruins, mas também surpreende. É o caso de “Oficina do Diabo”, um filme que surpreende – e muito – em diferentes aspectos. 

O longa conta a história de Pedro (Sérgio Barreto), um jovem que vive conflitos internos em busca de alcançar uma vida plena e de sucesso. O empecilho? Uma dupla de diabos que está comprometida em corromper a alma do protagonista. A história é inspirada no livro “Cartas de um diabo ao seu aprendiz”, de C. S. Lewis (As Crônicas de Nárnia), onde um diabo experiente dá dicas a um diabo iniciante sobre como garantir que os humanos não vivam a vida eterna. 

A direção é de Filipe Valerim, que desde a primeira cena mostrou o futuro brilhante que a Brasil Paralelo tem à frente no gênero da ficção. Os primeiros minutos foram cruciais para mostrar ao espectador o que viria pela frente: adrenalina, reflexão e redenção. É impossível assistir ao filme sem se enxergar no protagonista. Diferente de outras obras, nas quais cada espectador se identifica com um personagem ou outro, nesta somos todos Pedro. Ninguém está imune às tentações, todos podem buscar redenção. 

Em um roteiro dividido por capítulos, os atores Felipe de Barros e Roberto Mallet entregam diálogos inteligentes, ricos em detalhes e analogias únicas. Barros e Mallet cumprem com o papel de colocar um peso nas costas do público, mostrando a capacidade de dois demônios destruírem a vida de alguém. Enquanto isso, Sérgio Barreto apresenta um Pedro humano, e cativa o público a torcer até o fim para que seus caminhos se endireitem. 

O longa, de forma sutil, faz críticas sociais aos “ismos” que assolam a atualidade. Traz ainda pontos relevantes sobre quem opta por colocar suas crenças políticas acima do cristianismo. Esses debates mostram que o filme tem muito sucesso a fazer dentro das igrejas evangélicas, católicas e na vida dos cristãos. 

Algo que não pode ficar de fora é a atuação de Elizângela, que interpreta Maria, a mãe de Pedro. Esse foi o último filme que a atriz gravou antes de faleceu em 2023 e não chegou a assistir ao filme finalizado. Ela, que era uma católica fervorosa, passa por cenas muito difíceis de assistir. É importante dizer que, assim como Pedro, a mãe também sofre tentações. 

Apesar de ser um filme que tende a atrair o público cristão, é um filme ainda para quem gosta de cinema de qualidade. A trilha sonora é extremamente detalhista, com um tom específico que permeia o filme, mas que em determinados momentos mais tensos passa por mudança brusca. Além disso, há detalhes estéticos e de efeitos visuais que fazem toda a diferença para mostrar o perfeccionismo de Valerim com a obra. 

“Oficina do Diabo” é um filme que trata da vida e para além dela, unindo fé, adrenalina e reflexões profundas sobre redenção. O filme estreia na Brasil Paralelo, nesta quinta (16). Vale a pena assinar para conferir. 

 

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