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Regimes autoritários e o papel do empresariado na defesa da liberdade são destaques no Latin America Liberty Forum

Ana Corina, filha de Maria Corina Machado, foi destaque na noite de encerramento do evento
Liberty Forum da Atlas Network em parceria com Livres - regimes autoritários
Foto: Boletim da Liberdade

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Nos dias 6 e 7 de fevereiro, o Leblon foi palco do Latin America Liberty Forum, evento da Atlas Network em parceria com o Livres. Reunindo lideranças do pensamento liberal, o fórum trouxe debates sobre os desafios da liberdade e da democracia na América Latina, destacando tanto a ameaça representada por regimes autoritários quanto a necessidade de uma maior mobilização do empresariado em prol da liberdade econômica.

Um dos temas centrais abordados foi a crescente aliança entre regimes autoritários ao redor do mundo. Tom G. Palmer destacou como diferentes governos, independentemente de sua classificação tradicional entre esquerda e direita, compartilham uma oposição comum às ideias liberais. “O Partido Comunista Chinês, o governo hungariano, o regime russo, a República Islâmica do Irã, a Coreia do Norte e a Venezuela: todos eles são aliados. Eles compartilham dinheiro, técnicas, mercenários e um ódio ao liberalismo”, afirmou Palmer. Para ele, a verdadeira divisão política não está mais entre esquerda e direita, mas entre sociedades abertas e sistemas fechados.

O autor libertário ressaltou que essas nações colaboram entre si para minar valores democráticos e consolidar um modelo de autocracia globalizada. Como exemplo, citou a relação entre Venezuela e Hungria, em que o governo húngaro, considerado de direita, apoia o regime de Nicolás Maduro. Nesse sentido, reforçou a necessidade de abandonar rótulos ideológicos tradicionais e focar na defesa de sociedades livres.

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O empresariado e a defesa da liberdade

Outro ponto-chave do evento foi a discussão sobre o papel da classe empresarial na manutenção da liberdade econômica e política. Magno Karl destacou que, apesar de alguns empresários atuarem de forma ativa na defesa da liberdade, a maioria tende a evitar um engajamento político mais direto. “Os amigos da liberdade são poucos e atos heróicos são raros. A classe empresarial está majoritariamente preocupada com suas empresas, e, se elas não estão vitalmente ameaçadas, eu não espero uma mobilização política porque interesses são dispersos”, afirmou Karl.

No entanto, ele também apontou que há exemplos positivos de empresários que, mesmo contra seus interesses imediatos, tomam posições favoráveis à liberdade econômica e política. Como solução, Karl defendeu a formação de coalizões pontuais que alinhem o interesse econômico dos empresários com a expansão da liberdade, garantindo avanços sem exigir sacrifícios altruístas.

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Um brinde à liberdade

Durante o brinde de encerramento, a venezuelana Ana Corina emocionou os presentes. Ela relembrou a trajetória e a luta incansável de sua mãe, Maria Corina Machado, pela liberdade na Venezuela. Corina destacou o impacto da ditadura chavista, a repressão que separou milhões de famílias e o compromisso de sua geração em reconstruir o país.

“Há mais de 10 anos não permitem que minha mãe saia da Venezuela e, hoje, está escondida, há mais de seis meses, isolada, com ameaças constantes contra sua vida”, afirmou Ana Corina. Ela ressaltou a perseguição que enfrenta sua família e tantos outros venezuelanos. Ela reforçou que, mesmo diante da opressão, a resistência e a busca pela liberdade prevalecerão: “Nunca poderão nos tirar a vontade de sermos livres.”

Impacto e desdobramentos

A edição deste ano do Latin America Liberty Forum destacou a necessidade de uma abordagem pragmática na defesa da liberdade. O evento reforçou a importância de alianças estratégicas e da articulação entre diferentes setores para garantir que os princípios da liberdade não sejam apenas discutidos, mas também efetivamente defendidos na prática.

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Com um público composto por intelectuais, empresários e ativistas da liberdade, o fórum mostrou que, embora o cenário global seja desafiador, há espaço para avanços. A chave, como apontado ao longo dos debates, está na estratégia, na formação de redes e na disposição para enfrentar os desafios impostos pelo crescimento do autoritarismo na América Latina e no mundo.

Organizações e participantes brasileiros

Dentre os participantes brasileiros, estiveram nomes como Diogo Costa, presidente da Foundation for Economic Education. Representando o Ladies of Liberty Alliance (LOLA) estavam Izabela Patriota e Letícia Barros, presidente do LOLA Brasil. Além disso, o evento contou com a presença de Wagner Lenhart, CEO do Instituto Millenium, e Rodrigo Marinho, CEO do Instituto Livre Mercado. Representando o Instituto Liberal, estava o presidente Lucas Berlanza. Enquanto isso, Juan Carlos Arruda participou como CEO do Ranking dos Políticos. O encerramento fórum ficou marcado por uma apresentação da Mocidade Independente de Padre Miguel.

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