Em Ponta Grossa, no Paraná, a gestão pública decidiu apostar no liberalismo econômico como guia para destravar o empreendedorismo e impulsionar a economia local. À frente da Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Faynara Merege adotou um livro clássico para os servidores. O austríaco Ludwig von Mises será uma bússola para transformar a relação entre o setor público e a iniciativa privada. O objetivo? Reduzir burocracias e garantir que o governo atrapalhe menos quem quer empreender.
A inspiração veio de “As Seis Lições”, uma das obras mais acessíveis do economista, e virou leitura imprescindível para os servidores da pasta. Mais do que uma recomendação teórica, os princípios liberais passaram a orientar ações concretas. A secretária disse que está revendo processos, eliminando entraves e construindo um ambiente mais favorável aos negócios.
“Queremos um setor público que atue como facilitador, não como obstáculo. Quando reduzimos burocracias e permitimos que as pessoas empreendam com mais liberdade, toda a cidade cresce junto”, destaca Faynara.
Nesse sentido, a aplicação dos princípios de Mises tem um propósito claro: permitir que a geração de empregos e o desenvolvimento econômico sejam impulsionados pelo setor privado, sem amarras desnecessárias impostas pelo governo. Além disso, Ponta Grossa se posiciona como um exemplo de como a gestão pública pode – e deve – caminhar no sentido de mais eficiência, transparência e responsabilidade fiscal.
No cenário brasileiro, onde a burocracia muitas vezes sufoca a iniciativa privada, a experiência da cidade paranaense pode servir como um caso de sucesso para outras administrações que buscam formas de estimular o crescimento econômico sem intervenções excessivas. Afinal, como ensinou Mises, é a liberdade econômica que move a prosperidade de uma sociedade.