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China e EUA em guerra comercial; quem paga a conta é o consumidor

A primeira alta partiu dos Estados Unidos e foi de 34%, mas rapidamente chegou a 125%
China e EUA em guerra comercial

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Uma nova guerra comercial de grandes proporções está em curso entre China e Estados Unidos (EUA). Desta vez, o embate está escalando de forma acelerada e pode atingir não apenas as duas maiores economias do mundo, mas todos os países que dependem do comércio internacional — como o Brasil.

Tudo começou quando o presidente americano Donald Trump decidiu aumentar tarifas sobre produtos chineses. A primeira alta foi de 34%, mas rapidamente chegou a impressionantes 125%. A China respondeu com tarifas de até 84% sobre produtos americanos. Ou seja: um jogo de retaliações que encarece produtos, trava mercados e coloca em risco o princípio da livre iniciativa.

Essa disputa tem impacto direto na vida das pessoas. Smartphones, brinquedos, painéis solares, remédios, petróleo, soja e até alimentos para animais já estão entre os produtos afetados. Os preços devem subir — tanto nos Estados Unidos quanto na China — e a tendência é que o impacto se espalhe para outros países, inclusive o Brasil.

Comércio entre os dois países movimentou cerca de US$ 585 bilhões no ano passado. Mas a imposição de tarifas está interferindo nesse fluxo, prejudicando empresas, investidores e consumidores. Em vez de reduzir custos, as tarifas aumentam a burocracia e impedem que o mercado funcione livremente — o que sempre acaba gerando ineficiência e distorção de preços.

O futuro das tarifas

Trump afirma que quer reduzir a dependência dos EUA em relação à China. E de fato, a participação dos produtos chineses nas importações americanas caiu nos últimos anos. No entanto, muitos desses produtos voltaram ao mercado americano via outros países do Sudeste Asiático, o que tem levado o governo a considerar também tarifas para países como Vietnã, Malásia e Camboja.

A China, por sua vez, é criticada por práticas desleais como subsídios estatais e dumping — quando produtos são vendidos abaixo do custo real para destruir a concorrência. Com as novas barreiras nos EUA, cresce o risco de que os produtos chineses sejam despejados em outros mercados, prejudicando indústrias locais.

Além disso, a China detém o controle de metais estratégicos, como lítio e terras raras, essenciais para tecnologias modernas e para a indústria de defesa. O país já começou a restringir a exportação de alguns desses materiais. Os EUA, por outro lado, estudam bloquear ainda mais a venda de microchips avançados para Pequim.

O problema é que quando duas potências entram em guerra comercial, todo o planeta sente os efeitos. Crescimento global desacelera, investimentos travam e incertezas se espalham. Segundo o FMI, China e EUA juntos representam 43% da economia mundial.

A lógica das tarifas é sempre vendida como uma forma de “proteger” empregos e indústrias. Mas, no fim, quem paga a conta são os consumidores — que enfrentam preços mais altos, menor oferta de produtos e uma economia menos eficiente.

A liberdade econômica depende de mercados abertos, previsibilidade e concorrência real. Tarifas, subsídios e retaliações só aumentam a concentração de poder nos governos — e reduzem as escolhas das pessoas.

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