fbpx

Duelo de “valores”: um encontro entre moedas e autoritarismo

Compartilhe

Por Heron S. Nery*

Com as vozes dissidentes incomodando cada vez mais as instituições do colosso estatal, o Brasil avança, a passos largos, na régua do autoritarismo. Nesse contexto, beira ser impossível o cidadão se proteger dos verticais ataques governamentais e, em nosso solo pátrio, judiciais.

Ganham força, então, os instrumentos descentralizados.

A primeira transação eletrônica, nessa vertente, veio com o DigiCash, em 1994, e a concepção do Bitcoin, por Satoshi Nakamoto, em 2008. Desde então, a descentralização de ativos financeiros vem sendo vista – por muitos – como uma esperança da autonomia individual.

O blockchain é um sistema de registro digital que armazena transações em blocos interconectados, garantindo segurança através de criptografia e consenso de rede. Cada bloco contém um histórico de transações, sendo validado pela rede antes de ser adicionado à cadeia existente, formando um registro imutável e transparente.

O Bitcoin representou um marco fundamental, por unir as tecnologias de chaves pública e privada com o sistema de prova-de-trabalho, se utilizando do mecanismo blockchain. Nakamoto compartilhou o conceito, o código-fonte, e permitiu que a comunidade avaliasse e aprimorasse a tecnologia.

Atualmente, empresas, lojas e até mesmo governos – como El Salvador – estão começando a aceitar criptomoedas como forma de pagamento, e o volume diário de transações em criptos é notável. Além disso, as taxas de transação do Bitcoin tendem a ser mais baixas em comparação com instituições financeiras tradicionais, tornando as criptomoedas atrativas para transações globais.
Um aspecto notável das criptomoedas é a “democratização” do mercado de finanças. Operadas por meio de dispositivos simples, como smartphones, elas oferecem oportunidades de transações e serviços bancários para populações que, muitas vezes, são negligenciadas pelas estruturas convencionais.

Embora algumas nações, como Cuba, China e Venezuela, tenham adotado uma postura restritiva em relação às criptomoedas, a tendência global é de aceitação e adoção crescentes, indicando o reconhecimento de seu valor e potencial.
E isso não devido aos governos, mas via aceitação popular – com o indivíduo cada vez mais temeroso, dada as violências realizadas pelo “legítimo”.

Produtos de uma evolução contínua que visa oferecer uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, as “cryptocoins” promovem a inclusão, reduzindo taxas de transação e trazendo mais liberdade monetária para um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo.

Ao elevar a bandeira da autonomia econômica, pavimentam o caminho para um futuro no qual o indivíduo é capaz de resistir e prosperar em face das adversidades kafkanianas, deixando um legado de empoderamento e resiliência para as gerações vindouras. Novamente ideias, e somente elas, iluminando a escuridão.

*Heron S. Nery: graduando em direito pela Universidade de Brasília, líder da UJL-DF, redator da rede ‘Politize!’.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

Mais Opinião

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?