Por Samantha Teixeira*
No Dia Internacional da Mulher, é importante refletirmos sobre o papel do capitalismo na promoção dos direitos das mulheres. Muitas vezes, o sistema capitalista é criticado por ser desigual e favorecer apenas os mais ricos, mas a verdade é que ele tem sido fundamental para avanços significativos na luta pela equidade de gênero.
Um dos principais benefícios do capitalismo para as mulheres foi a chance de participar ativamente no mercado de trabalho. Antes de sua ascensão, as mulheres eram frequentemente excluídas do trabalho remunerado e confinadas aos papéis de donas de casa. Com a abertura de novas oportunidades econômicas, as mulheres puderam ingressar em diversas profissões e conquistar sua independência financeira.
Houve a ampliação dos seus direitos em áreas como educação, voto e propriedade, tendo como exemplo marcante a Revolução Industrial que deu novas perspectivas para as trabalhadoras.
Outro exemplo é a ascensão das mulheres em cargos de liderança e empreendedorismo. Atualmente, cada vez mais mulheres ocupam cargos de CEO, presidentes de empresas e líderes políticas, graças às oportunidades proporcionadas por este sistema.
Só no capitalismo, as mulheres têm a liberdade de empreender, a competição e a inovação são incentivadas – o que abre portas para que outras possam se destacar em suas carreiras e ascender de classe social. Este, sim, é um ambiente favorável para os negócios, independentemente do gênero, raça ou classe social.
O feminismo liberal também colaborou para esse cenário pela sua abordagem individualista que coloca o foco na capacidade das mulheres de alcançar seus objetivos por suas ações e escolhas. Nele, é combatida a falsa crença de que as mulheres são menos capazes do que os homens, buscando eliminar a discriminação das instituições acadêmicas, no mercado de trabalho e em outros espaços.
Essa agenda aborda reivindicações das mulheres, desde o direito ao voto e acesso à educação até a igualdade de oportunidades sociais, políticas e econômicas.
Apesar das críticas, o movimento promove mudanças culturais, reformas legais e a garantia de um tratamento justo em todos os aspectos da vida. Há também outras discussões – como os direitos reprodutivos, igualdade salarial, combate ao assédio sexual e violência doméstica.
A divisão do trabalho também tem impacto na valorização feminina na economia. Historicamente, as mulheres foram designadas principalmente ao trabalho reprodutivo e doméstico, enquanto os homens ocupavam posições de prestígio com salários altos. Isso resulta na limitação do crescimento profissional das mulheres, reforçando a disparidade.
Nesse sentido, precisa haver mudança do paradigma a fim de reconhecer a importância e o impacto de suas atividades. Para elucidar a questão, é importante lembrar o papel das mulheres na política liberal e o que elas têm a dizer sobre o capitalismo.
Mulheres como Margaret Thatcher, a primeira-ministra britânica conhecida como a “Dama de Ferro”, são exemplos de líderes que defendem o capitalismo como um sistema econômico que promove a prosperidade. Thatcher acreditava que este era o melhor caminho para garantir o crescimento econômico e a criação de empregos, especialmente para as mulheres.
Outra figura importante na política liberal é Ayn Rand, autora e filósofa que defendia principalmente o individualismo. Para Rand, o capitalismo era o sistema que permitia às pessoas alcançarem seu potencial máximo, sem a interferência do governo ou de qualquer autoridade central.
Essas figuras mostram que o capitalismo pode ser um aliado poderoso ao permitir que todas possam empreender e inovar.
Por meio de eventos históricos, exemplos concretos e avanços significativos, podemos observar como este sistema econômico contribuiu para a emancipação das mulheres.
É claro que ainda há muito a ser feito para que as mulheres sejam protagonistas em todas as esferas da sociedade, mas é inegável que o capitalismo e o liberalismo têm sido aliados importantes nessa luta.
O que o LOLA acredita e faz pelas mulheres
A inclusão das mulheres no mercado de trabalho formal é uma das nossas bandeiras mais importantes por diversos motivos:
- Reforçamos a força de trabalho das mulheres e seu papel essencial na sociedade.
- Acreditamos que o trabalho seja uma forma de conquistar a independência, protagonismo e sustento próprio.
- Entendemos que a presença das mulheres nesse ambiente contribui para desconstruir estereótipos e para promover oportunidades.
Para nós, o Dia Internacional da Mulher é mais do que apenas uma data no calendário. É um lembrete do progresso que fizemos e do trabalho que ainda precisa ser feito. É um dia para reconhecer as conquistas das mulheres ao longo da história e para inspirar futuras gerações.
O LOLA Brasil cresceu significativamente nos últimos anos, à medida que mais e mais mulheres se unem em busca da liberdade. Estamos orgulhosas dessa trajetória rumo a um mundo mais livre e próspero.
*Samantha Teixeira – Líder LOLA SP