No que depender do deputado federal Alexis Fonteyne (NOVO/SP), o governo não passará qualquer projeto que inclua imposto sobre movimentação financeira no Congresso. A ideia, não é de hoje, vem sendo ventilada pelo Ministério da Economia, inclusive por Paulo Guedes, e defendida por parte dos grupos liberais, como o Brasil 200.
Fonteyne explica – 1
Em conversa com o Boletim da Liberdade, o parlamentar afirma que trata-se de um imposto socialista, pois exige que toda a sociedade compartilhe com a arrecadação que, antes, poderia incidir mais em quem, por exemplo, comprava um automóvel de luxo. “Toda a sociedade, independente da situação financeira, ou de criar riqueza, vai acabar pagando os tributos que não eram nem dela, mas de outra pessoa”, disse.
Fonteyne explica – 2
O deputado também argumenta que esse tipo de tributação é um estímulo à verticalização dos grupos econômicos, que passariam a ver desvantagens na terceirização de atividades. É que, nesse cenário, haveria maior movimentação financeira e, consequentemente, maior tributação. “Isso vai contra o livre mercado”, avalia.
Fonteyne explica – 3
“Eu sou um dos maiores críticos a esse tipo de tributação e digo mais: o único lugar em que ele foi aplicado com sucesso, com uma alíquota de 2%, foi na Venezuela. E também na Argentina, onde está com 0,1%. Solução pra gente que é um fracasso [na economia]”, afirma o parlamentar, que compara a popularização da medida a “coisa de terraplanista” porque “parece ser extremamente simples”.
Fonteyne explica – 4
“O mundo inteiro, como a China, a Índia, toda a Europa, tem como base do sistema tributário a tributação sobre a geração de riquezas, o IVA. Então por que o Brasil quer inventar uma porcaria de um sistema que não tem conexões em relação ao resto do mundo e ainda gera distorções?”, pergunta Fonteyne, que diz que a CPMF é proposta por “um bando de gente que se diz liberal”. O parlamentar garante que já conversou sobre isso com o presidente do Partido Novo, João Amoêdo, e com o diretório nacional, e “estamos todos absolutamente alinhados” – e que segue sendo contra a tributação por movimentação financeira mesmo em caso de desoneração da folha de pagamento das empresas.
HQ com beijo gay – 1
Dos quatro parlamentares do Partido Novo eleitos no Rio de Janeiro (1 deputado federal, 2 deputados estaduais e 1 vereador), apenas um não se manifestou no Twitter sobre o pedido do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, para recolher um livro com beijo gay. Foi Leandro Lyra – que, aliás, ganhou o costume de compartilhar publicações de Bolsonaro, seus filhos e ministros com grande frequência.
HQ com beijo gay – 2
O deputado federal Paulo Ganime (NOVO) classificou a medida como “censura, erro político e homofobia”. Já o deputado estadual Alexandre Freitas frisou que “um prefeito não é e nunca será alguém capaz de dizer o que é ou não apropriado para o filho de alguém”. O também estadual Chicão Bulhões considerou Crivella “preconceituoso, desumano, desrespeitoso e intolerante” e sua atitude como um “ataque à liberdade das pessoas”. [1][2][3]
Freixo elegeu Crivella em 2016 e agora o Crivella está trabalhando forte p eleger o Freixo em 2020. Censura, erro político, homofobia, promoveu o livro… vários erros juntos em um gesto só. Vamos mudar em 2020! O Rio não merece mais 4 anos de Crivella, tampouco 4 anos de PSOL.
— Paulo Ganime (@pauloganime) September 8, 2019
Dessa história do @MCrivella e a HQ da @MarvelBR publicada em 2010, o ponto mais importante é que um Prefeito não é e nunca será alguém capaz de dizer o que é ou não apropriado para o filho de alguém. Essa responsabilidade é dos pais.
— Alexandre Freitas (@freitasnovorj) September 8, 2019
Chama beijo de pornografia. Sugere que homossexuais não compõe família. Para além da questão jurídica, vou me ater ao lado humano: é muito triste. Preconceituoso. Desumano. Desrespeitoso. Intolerante. É inaceitável. É um ataque à liberdade das pessoas. #foracrivella https://t.co/Ebr2rcoCd9
— Chicão (@ChicaoBulhoes) September 6, 2019
Liberdade para todos
O Coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, Nélio Georgini, também saiu em defesa da causa LGBT – apesar de, em tese, ser aliado do prefeito carioca. Declarou que “a Prefeitura é feita de outras opiniões também” e que “precisamos levar a nossa bandeira e a nossa palavra para a população.”
Montagem
Na última semana, nos corredores do Senado Federal, algumas pessoas afirmavam que o senador Cid Gomes (PDT/CE) passou mal em plena leitura de um parecer próprio para poder faltar à votação da PEC da reforma da Previdência. Seu suplente foi favorável.
Esgotado
Todos as edições de Lacerda: A Virtude da Polêmica, da LVM Editora, foram esgotadas na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
Documentário do MBL
Lançado na última sexta-feira (6) nas plataformas digitais para aluguel on-demand, o filme do MBL – “Não vai ter golpe!” – está crescendo entre os mais assistidos. O Boletim assistiu o filme, publicou sua crítica, e também entrevistou os diretores da produção.
Lançamento
O deputado estadual e líder do Partido Novo na ALESP, Heni Ozi Cukier, lança esse mês seu novo livro: Inteligência do Carisma pela Editora Planeta. O evento ocorrerá no dia 16 de setembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional em São Paulo.
Não perca nossas colunas
Receba a Coluna Panorama e outros conteúdos especiais do Boletim da Liberdade direto no seu WhatsApp. Para isso, clique aqui e envie-nos uma mensagem. Depois, adicione nosso contato ao número do seu celular. Tem alguma informação interessante para compartilhar conosco? Envie também por WhatsApp.
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados